2008-06-12

A Vida questiona o EVANGELHO

Domingo, 15 de Junho de 2008
Mt. 9,36-38.10,1-8.
Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos:
«A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»
Jesus chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças. São estes os nomes dos doze Apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que o traiu.
Jesus enviou estes doze, depois de lhes ter dado as seguintes instruções: «Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça.»

1 comentário:

  1. Ovelhas sem pastor: esta imagem é um pouco ingrata: Penso logo em rebanho que é uma imagem de falta de personalidade. No entanto há uma questão a que essa imagem, das ovelhas sem pessoa que as guie, está associada e que, essa sim, é uma questão bem mais mobilizadora hoje em dia. A questão da liderança.
    Até a propósito do futebol se vê como as pessoas gostam de um líder com ideias claras e com determinação, para já não falar nas empresas nem na política.
    E então nós? Creio que toda a gente se identifica mais com um líder do que com as ovelhas sem pastor excepto... excepto, sim, se estou em baixo, desmoralizado, abatido por um fracasso. Aí preciso do conselho de alguém, que me aponte uma luz, ou um objectivo que me volte a pôr a caminho - sobretudo de alguém que me compreenda na situação em que caí (porque conselhos baratos não faltam e receituários de auto-ajuda também não).
    Imagino o que seria um sucessor de um Apóstolo (vulgo bispo) em vez de massacrar o secularismo e a falta de fé da sociedade actual, sentir-se enviado a falar a pessoas normais, altamente secularizadas (materialistas até) como se fossem essas que justificassem a sua missão; e em vez de colocar um penso de religião por cima, ouvir as questões que trazem na cabeça.Diz que Jesus envia Enviados (apóstolos) para curar doenças, não se sei se o inverso também não será verdade: são as doenças que são a razão de ser do enviado (apóstolo).

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